Por que contar a sua história?

Enfim o artigo número 120! Cento e vinte quintas-feiras seguidas que nas primeiras horas da manhã publico os meus artigos por aqui.

Quando olho para trás e vejo o artigo 001 e o Mauro Periquito daquela época, fico pensando o quão desafiador foi, para mim, criar essa rotina de escrever artigos.

Nessa empreitada de publicações diárias eu já tinha uns 2 meses de constância quando resolvi reservar as quintas-feiras para os artigos. Fazendo as contas, dá uns 950 dias de postagens aqui ininterruptas. Fazendo as contas aqui, mais ou menos dia 6/12 completo 1000 posts… Certamente será outro marco a celebrar!

Voltando aos artigos, quando comecei, tive a mesma dificuldade de quando comecei a postar: dúvidas sobre qual tema escrever. Os temas e ao longo dessa jornada resolvi contar a minha história. Mas será que ela é relevante para alguém?

Os temas iniciais foram naturalmente se conectando com os meus assuntos de interesse: lugares que visitava, algumas questões sobre como o ciclismo influenciava na minha vida e estudando para publicar meus conteúdos de tecnologia, comecei a me interessar pela história das comunicações.

Lendo e aprendendo sobre essas passagens do pioneirismo de muitas pessoas nessa área tão diferente do mundo há 170 anos, percebi que na verdade, a história das comunicações era a soma das histórias das pessoas. Foi isso que me fez ver a importância de aprender sobre as histórias das pessoas.

Por exemplo, foi a vontade de trazer algo inovador para o Brasil e a sede por conhecimento que fizeram o nosso imperador, D. Pedro II, a trazer o telégrafo para o Brasil poucos anos depois da sua criação e também o Telefone, instalado por aqui quase que, ao mesmo tempo que nos EUA. Será que se o imperador fosse outra pessoa, teríamos avançado tanto em termos tecnológicos nos últimos 40 anos do império?

Histórias existem muitas e eu sou fã especialmente das que retratam esse pioneirismo tecnológico no nosso país. Sempre que posso estudo um pouco dessa história. De tanto ler, cheguei ao questionamento e tema central desse artigo: por que contar a sua história?

A primeira resposta é a síndrome do impostor batendo forte à minha porta. “Será que as minhas histórias são relevantes ao ponto das pessoas se interessarem por ela?” Esse é definitivamente o momento mais difícil, ou você deixa a autossabotagem minar a sua iniciativa – o que é sempre mais fácil, ou você vai adiante.

Eu escolhi o segundo caminho, em um primeiro momento lutando contra a síndrome. Comecei a mesclar os textos sobre tecnologia e histórias de outras pessoas com as minhas e alguns feedbacks bacanas vieram como incentivo para seguir.

Para mim, depois dessa jornada de 952 dias, o presente mais valioso que recebo é um agradecimento de alguém elogiando os meus conteúdos e histórias. São esses gestos de gentileza que me fazem seguir adiante.

Cada vez mais acredito que todos nós devemos contar a nossa história. Aquilo que nos faz seres humanos únicos, pode ser o que irá inspirar outras pessoas. Nas minhas andanças pelo mundo afora encontrei histórias inspiradoras em pessoas de diversas origens étnicas, classes sociais e momentos de vida.

Outro ponto que me incentiva a seguir escrevendo a minha história é bem que isso tem me feito. Refletir sobre uma situação antes de narrá-la sob forma de um texto tem se mostrado, pelo menos para mim, como uma terapia e tanto. Tão importante que tem me ajudado a ressignificar momentos da minha vida.

Baseado em tudo isso que vi e aprendi, sigo aqui contando as minhas histórias. Boas ou ruins a minha convicção me diz que devo seguir contando-as. E você, está pronto para contar as suas histórias?

Publicado originalmente em mauroperiquito.com

Sou Mauro Periquito, Engenheiro de Telecomunicações e Diretor Especialista de Prática na Kyndryl, onde desenvolvo e gerencio projetos de transformação digital para indústria, utilities, mineração, agronegócio e operadoras de telecomunicações. Em minha trajetória profissional tenho como propósito traduzir as necessidades dos clientes em soluções customizadas. 

Também atuo em outras frentes como mentor, palestrante, conselheiro consultivo e escrevo diariamente no LinkedIn sobre gestão de pessoas, carreira, inovação e tecnologia, com a missão de trazer uma visão descomplicada sobre a tecnologia. Fui eleito no final de 2022 como LinkedIn Top Voice de Tecnologia & Inovação. 

Durante minha carreira trabalhei em multinacionais no Brasil, países da América Latina, Espanha, Porto Rico, Emirados Árabes Unidos e Qatar. Em meu tempo livre, sou um grande entusiasta do ciclismo em seus diversos modos, incluindo o cicloturismo.

Artigos relacionados: