Que jornada tem sido escrever sobre a relação do CIO e da área de TI com as áreas de negócio e suas dores diárias que impactam diretamente no resultado das organizações. Sem chover no molhado, só queria lembrar que se você ainda acha que o TI só serve para consertar a sua máquina, queria te dizer que faz parte de uma minoria com pensamento quase jurássico! 🦖
Ainda pensando em frases prontas, pega esse código (kkkk): se você quiser ir rápido, vá sozinho, mas se quiser ir longe, vá em bando. E por que esta frase? Vivemos um momento de rápidas transformações tecnológicas e é fato que sozinho não se surfa a onda da inovação.
Saber gerenciar ecossistemas de inovação vem se tornando um grande diferencial competitivo para as organizações. Vamos entender como estruturar e orquestrar estes ecossistemas para maximizar seus benefícios.
O que é um Ecossistema de Inovação?
Ecossistema (do grego antigo οἶκος oikos significa ‘casa’ e σύστημα sýstema ‘o conjunto’ ‘o conectado’), pode ser definido como um conjunto funcional. Em tecnologia podemos dizer que ecossistemas de inovação são uma rede de diversos atores, dinâmica e interconectada, que usam a colaboração, definida pelo conjunto conectado da etimologia, para criar e mais importante criar valor.
Inovação precisa ter invenção? Este é o título de um dos meus primeiros artigos por aqui.
Esta rede de diversos atores inclui, além das organizações, as startups, investidores, universidades, institutos de pesquisa e o governo por meio de seus diversos órgãos e agências.
A Importância no contexto atual
Ecossistemas de Inovação aceleram a Transformação Digital, uma vez que é praticamente impossível inovar sozinho frente a todas as mudanças tecnológicas que estamos sujeitos. A conexão mostrada nos ecossistemas faz com que os diversos atores tragam para as organizações inovações e novas práticas – algo que seria muito lento se fosse uma pesquisa de dentro para fora.
Ainda falando em mudanças tecnológicas, com problemas cada vez mais modernos, as soluções não são geralmente tão lineares e podem ser multidisciplinares. Essa necessidade faz com que um ecossistema colabore com diferentes skills e tecnologias.
Algo que ainda não falamos, mas que é essencial, é o custo. Considerando os vários atores desse ecossistema e principalmente os centros de pesquisa, universidade e governo, esse custo pode ser apoiado por programas de fomento à inovação. O risco, que também é importante ser destacado, também acaba sendo dividido entre todos.
Ecossistemas são pontes para a inovação?
Metaforicamente falando, as pontes conectam atores e facilitam as parcerias estratégicas, essenciais em um ecossistema. A colaboração entre todos pode e deve fomentar programas de inovação aberta – um caminho natural nesse tipo de conjunto.
Se quiser saber um pouco mais sobre esse tema, leia o artigo 6 vantagens em adotar inovação aberta
Outros pontos, ou pontes, de conexão para ecossistema pode ser hubs de inovação e laboratórios. Com a concentração física de todos os players em um mesmo lugar com possibilidades de testes e ensaios, as ideias fluem e se materializam.
Como gerir Ecossistemas de Inovação?
Inevitavelmente em nesse tipo de arranjo, as grandes organizações lideram a estratégia, pois como principais patrocinadoras, buscam alinhamento com seus objetivos corporativos.
Pensando na palavra ecossistema aplicada à biologia, este conjunto que pode ser apelidado de organismo terá diversos movimentos independentes, onde a gestão de stakeholders e uma boa camada de governança devem atuar fornecendo “guard rails”.
Casos de sucesso onde as empresas conseguem se alinhar com sucesso com as startups criando seus próprios Hubs não faltam. Neste post, tive o insight para o artigo de hoje, e a notícia compartilhada traz alguns exemplos do Bradesco, Braskem, Natura e Nestlé.
Organizações que desejam se manter competitivas e pioneiras no que diz respeito a inovação não tem muitas opções além de fomentar e liderar ecossistemas. Com desafios mais complexos, somente com vários atores engajados, praticando a inovação aberta, se chegará com robustez nos resultados desejados.
Criar valor compartilhado, substituir a competição por cooperação e desenvolver sólidas parcerias são palavras de ordem por aqui.
Se o melhor momento para plantar uma árvore é hoje, o melhor para começar a fomentar inovação por meio de um ecossistema é agora!
Sou Mauro Periquito, Engenheiro de Telecomunicações e Diretor Especialista de Prática na Kyndryl, onde desenvolvo e gerencio projetos de transformação digital para indústria, utilities, mineração, agronegócio e operadoras de telecomunicações. Em minha trajetória profissional tenho como propósito traduzir as necessidades dos clientes em soluções customizadas.
Também atuo em outras frentes como mentor, palestrante, conselheiro consultivo e escrevo diariamente no LinkedIn sobre gestão de pessoas, carreira, inovação e tecnologia, com a missão de trazer uma visão descomplicada sobre a tecnologia. Fui eleito no final de 2022 como LinkedIn Top Voice de Tecnologia & Inovação.
Durante minha carreira trabalhei em multinacionais no Brasil, países da América Latina, Espanha, Porto Rico, Emirados Árabes Unidos e Qatar. Em meu tempo livre, sou um grande entusiasta do ciclismo em seus diversos modos, incluindo o cicloturismo.
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