E chegamos a última semana do ano! Tempo de celebrações e encontros familiares. 2022 foi mais um daqueles anos ditos desafiadores. Os agentes externos têm uma boa dose de influência nas nossas rotinas, porém eu prefiro ficar com o conceito de que cada um deve fazer o seu.
Por aqui foi um ano de muita disciplina e estudos. Um dos grandes benefícios de se produzir conteúdo por aqui é o aprendizado! Nesse último artigo de 2022, sem me alongar muito nessa semana festiva, queria trazer aqui breves reflexões sobre alguns temas que estudei e observei o seu avançar.
1 – 5G
Não poderia começar essa lista sem falar daquele que ocupou boa parte dos meus posts e tempo de estudos. Depois do leilão de frequências que aconteceu no final de 2021, tivemos entre junho e outubro a ativação do sinal 5G nas 27 capitais, começando pelo Distrito Federal. Um grande projeto usando as mesmas faixas de frequência que estão sendo adotadas globalmente – facilitando a disponibilidade de equipamentos para implantar redes e os casos de uso.
Também me interessei muito pelas redes privadas, que podem fazer com que organizações implementem as suas próprias redes e possam gerar mais eficiência operacional e novos modelos de negócio, preservando a propriedade e privacidade dos dados gerados e trafegados nessa rede. 2023 tem tudo para ser o ano onde iremos ver diversos casos de implantação de redes privadas, habilitando diversos casos de uso na indústria, transportes, saneamento, saúde e educação.
2 – Transformação Digital
Quando nos preparávamos para receber a Copa do Mundo no Brasil em 2014, um dos ganhos que tivemos foi a implantação da rede celular 4G. O que aconteceu depois disso foi o aparecimento de diversos aplicativos de celular que facilitaram e muito as nossas vidas. Perder o celular hoje é um transtorno infinitamente maior do que era 10 anos atrás.
Essa digitalização está passando por um segundo estágio, a meu ver, o qual é a hiperconectividade. Com cada vez mais disponibilidade de redes de comunicação celulares, satelitais, Wi-Fi, LPWAN e até cabeadas, temos cada vez mais dispositivos conectados às redes. Esse novo movimento tem gerado dois tipos de investimento principais: infraestrutura de conectividade nas redes que caracterizei acima e em capacidade computacional para processar todos os dados gerados por essa infinidade de devices.
Para mim sai na frente aqui quem está entendendo que a hiperconectividade não é um ambiente de monitoramento de pessoas e equipamentos. É um mundo de dados gerados, que se analisados de maneira correta, podem gerar insights muito interessantes para pessoas e organizações.
Outro ponto que vem me chamando a atenção é a materialização de sistemas e dispositivos IoT por startups e grandes empresas. Com o impacto nos prazos resultante do abre e fecha das unidades fabris chinesas e a já conhecida falta de suporte pós-venda, o fortalecimento do desenvolvimento de soluções nacionais é importante para mitigar esses riscos. Meu desejo para 2023 é ver o nosso ambiente empreendedor cada vez mais atuante em tecnologia.
3 – Liderança
Tivemos esse ano o término do retorno aos escritórios e a relação entre o presencial, o remoto e o híbrido nos fez ter boas discussões de qual modelo adotar em cada caso. Para a minha realidade eu acredito que o híbrido é o mais adequado. Mas essa situação não funciona para todos. Cada empresa, área e pessoa sabe a sua realidade.
Mas por que falar disso em um tópico de liderança? Porque para mim esse foi o tópico que mais ocupou a cabeça dos líderes esse ano. É um baita quebra-cabeça ajustar essa equação sem contar as relações pessoais que voltaram a ser presenciais.
Também não posso deixar de mencionar os benchmarks de liderança que nos divertiram aqui no LinkedIn: até os jogadores da seleção e seu técnico e as demais equipes foram amplamente discutidas. Falamos das eleições e de mais um monte de outras situações onde buscamos alguma lição de liderança. O meu conceito de liderança vem se consolidando cada vez de maneira mais simples e hoje se resume em duas palavras: empatia e resultado.
4 – A História das Comunicações no Brasil
Toda essa minha jornada por conhecimento em tecnologia e telecomunicações, uma hora chegou nas raízes de tudo isso. 170 anos atrás tivemos o debute das comunicações no Brasil com a chegada do telégrafo. Depois disso tivemos o telefone fixo e a expansão desses dois sistemas Brasil afora.
No meio desse período tivemos um brasileiro notável chamado Pe. Landel de Moura que foi um dos precursores do rádio e da transmissão de voz sem fio – o primeiro esboço de um celular. Para completar esses primeiros 100 anos de comunicação no Brasil ainda tivemos a chegada do rádio e a sua revolução na vida das pessoas e a televisão. Quanto mais estudo esse período, mais compreendo o protagonismo que tivemos na tecnologia desde o princípio.
Termino esse texto e esse ano agradecendo a todos a companhia por aqui.
Termino esse texto e esse ano agradecendo a todos a companhia por aqui: OBRIGADO!
Espero que em 2023 possamos seguir juntos nessa jornada pelo conhecimento!
Sou Mauro Periquito, Engenheiro de Telecomunicações e Associate Partner na Kyndryl, onde desenvolvo e gerencio projetos de transformação digital para indústria, utilities, mineração, agronegócio e operadoras de telecomunicações. Em minha trajetória profissional tenho como propósito traduzir as necessidades dos clientes em soluções customizadas.
Também atuo em outras frentes como mentor, palestrante, conselheiro consultivo e escrevo diariamente no LinkedIn sobre gestão de pessoas, carreira, inovação e tecnologia, com a missão de trazer uma visão descomplicada sobre a tecnologia.
Durante minha carreira trabalhei em multinacionais no Brasil, países da América Latina, Espanha, Porto Rico, Emirados Árabes Unidos e Qatar. Em meu tempo livre, sou um grande entusiasta do ciclismo em seus diversos modos, incluindo o cicloturismo.
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