3 desafios de um gerente de projetos e como superá-los

Ato falho! Refletindo sobre meus artigos por aqui, percebi duas questões que venho deixando de lado. Tenho contado por aqui poucas histórias da minha jornada profissional. Grande parte dessa caminhada foi como Gerente de Projetos, e sobre esse tema acho que praticamente não falei aqui no LinkedIn.

Mas o que isso tem a ver com o lema desse newsletter: uma visão descomplicada sobre a tecnologia? Tudo! Foi como Gerente de Projetos (GP), que tive contato com diversas tecnologias a medida que os projetos avançavam, e em muitas oportunidades tive que descomplicá-las.

Nesse primeiro artigo sobre a gestão de projetos de tecnologia, trago três desafios que todo gerente de projeto vai enfrentar ao longo da sua carreira.

Desafio #1: Lidando com a Crise

Quando pensamos em crises e projetos, temos a impressão de que essas palavras caminham lado a lado, será mesmo? Crises tem uma grande chance de acontecer em projetos e são nelas que o GP deve assumir um protagonismo maior na condução por um simples motivo na minha opinião: deixar quem tem que resolver o problema trabalhar.

Em minhas experiências com crises eu sempre as dividia em duas “salas”: a de crise e a da solução. Independente se é um projeto interno ou externo, do outro lado sempre tem um cliente e a sala de crise serve para informar o andamento e obter informações sobre a afetação da crise. Já a sala de solução é aquela onde as pessoas tem um pouco mais de oportunidade em focar no problema tecnicamente.

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Alternando entre esses dois grupos durante uma crise, adicionando e removendo pessoas em ambos, o GP como responsável consegue administrar a crise até a sua solução.

Desafio #2: Gerenciando o Fluxo de Informações

Organização é a palavra-chave aqui. Apesar de nós brasileiros sermos extremamente comunicativos, para que as informações fluam de maneira adequada é muito importante que haja uma organização orquestrada pelo GP.

Dois pontos sempre demandam mais a minha atenção quando estou em um projeto como parte, cliente ou GP: a gestão da comunicação e dos entregáveis. Em muitos projetos que participei como cliente, ainda no kick-off solicitei uma matriz de comunicação. Para evitar desencontros é muito importante saber quem fala com quem, sobre qual assunto e com que periodicidade.

Setar as expectativas quanto ao resultado do projeto e as suas entregas é importante para não gerar solicitações de informação não planejadas ou fora do escopo.

Desafio #3: Gerenciando Tempo e Recursos

Projetos tem dois objetivos muito simples: serem concluídos e entregues! Porém, temos outras metas implícitas como, por exemplo, cumprir seu orçamento e prazo. Nessas questões se torna muito relevante fazer uma correta gestão de tempo e recursos. Ter as pessoas com os skills e nível de senioridade corretos, pelo tempo necessário – em linha com o planejado, é crucial para o resultado do projeto.

Outro ponto importante é que muitas vezes uma equipe de projetos é temporária e o GP não é o gestor dos profissionais que integram a equipe. Engajar as pessoas e criar essa noção de time pode ajudar e muito o projeto a fluir até a sua conclusão.

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Uma dica sobre esse desafio é celebrar as conquistas do projeto! Não necessariamente a comemoração deve ser uma festa. Uma boa reunião de time, uma sessão de feedback individual e até um e-mail de agradecimento podem ser boas estratégias de celebrar e indiretamente apoiar no engajamento.

Conclusão

Sempre fui um grande entusiasta da gestão de projetos e entendo que eles são oportunidades de grande aprendizado para todos. Prazos apertados, clientes complexos, novas tecnologias e seus desafios na implantação…

Como dizem, é na adversidade que aprendemos mais, concorda?

Sou Mauro Periquito, Engenheiro de Telecomunicações e Associate Partner na Kyndryl, onde desenvolvo e gerencio projetos de transformação digital para indústria, utilities, mineração, agronegócio e operadoras de telecomunicações. Em minha trajetória profissional tenho como propósito traduzir as necessidades dos clientes em soluções customizadas.

Também atuo em outras frentes como mentor, palestrante, conselheiro consultivo e escrevo diariamente no LinkedIn sobre gestão de pessoas, carreira, inovação e tecnologia, com a missão de trazer uma visão descomplicada sobre a tecnologia.

Durante minha carreira trabalhei em multinacionais no Brasil, países da América Latina, Espanha, Porto Rico, Emirados Árabes Unidos e Qatar. Em meu tempo livre, sou um grande entusiasta do ciclismo em seus diversos modos, incluindo o cicloturismo.