Play no segundo artigo dessa série sobre Datacenters! No artigo da semana passada, introduzimos alguns conceitos importantes do tema sob o título de Por que Datacenters são a Parte Física no Mundo Digital?
Essa questão ficou bem evidenciada na frase final do artigo:
Se a nuvem é onde ‘mora’ o digital, os datacenters são seus alicerces físicos. Em um mundo onde bits e bytes dominam cada vez mais nossas interações, esse tipo de infraestrutura física se torna ainda mais crítica.
Esse conjunto de datacenters, o alicerce físico de que falamos, é a espinha dorsal da computação em nuvem. Porém, habilitados por eles mesmos, estamos vendo uma revolução silenciosa em curso nas bordas da rede. A dupla Edge Computing e 5G estão redefinindo onde e como processamos dados.
Por que Edge Computing?
O mundo corporativo define as suas necessidades que permitam que os programas de Transformação Digital entreguem tudo o que prometem. Olhando, por exemplo, para uma unidade fabril da indústria ou do agronegócio, podemos inferir que a maioria delas não se situa próximo de um grande datacenter e os drivers de negócio exigem uma solução técnica local:
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Latência crítica: para aplicações em tempo real, deslocamentos de dados podem gerar atraso no processamento e prejudicar o funcionamento de uma linha de produção, por exemplo.
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Processamento local: a principal medida para se evitar a latência detalhada acima é processar localmente as informações, criando um Edge Datacenter para tal fim. Esse tipo de solução te possibilita fazer uma análise em tempo real de informações, controle sobre a continuidade do negócio e, por consequência, uma menor dependência de conectividade.
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Conformidade e Soberania: Atender às regulamentações locais e não processar informações sensíveis fora de um país pode ser uma necessidade do negócio. Outra é o controle dos dados, evitando que passem por infraestruturas compartilhadas, mitigando assim a possibilidade de vazamento.
O Papel do 5G
Em vários dos artigos que figuraram nesta Newsletter, enfatizamos a vocação transformadora do 5G, habilitando novos casos de uso e potencializando as soluções de Edge Computing. O 5G não é apenas a evolução do 4G!
Mas o que será que o 5G tem que o habilita para ocupar esse posto? Respondendo em duas palavras, para mim, o 5G une Mobilidade e Desempenho.
A Mobilidade simplifica a arquitetura de conectividade. Ao invés de um emaranhado de cabos pela planta fabril, uma rede sem fio. E que ela não tenha tantos repetidores e sim poucas antenas de alcance maior. Em duas frases, justificamos a superioridade do 5G frente às redes cabeadas e o Wi-Fi.
O Desempenho fica por conta dos pilares que confirmam a alta capacidade do 5G:
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Baixa latência (< 1ms)
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Alta densidade (1 milhão de devices por km²)
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Ultra Velocidades (até 20 Gbps)
Além disso, podemos dizer que em uma arquitetura 5G privativa, ou seja, uma rede dedicada, teremos controle dos SLAs, uso exclusivo do espectro de frequências, priorização do tráfego e o protagonismo no mapa de cobertura.
Casos de Uso
Essa dupla pode habilitar soluções em diversos segmentos da economia:
Indústria:
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Robótica Colaborativa
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Veículos Autônomos
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Manutenção Preditiva
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Realidade Aumentada
Saúde:
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Cirurgia Robotizada e Remota
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Monitoramento em Tempo Real
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Ambulâncias e Médicos Conectados
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Diagnóstico assistido por IA ou Médicos Remotos
Mobilidade:
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Gestão de tráfego em Cidades e Rodovias
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Carros e Caminhões Autônomos
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Monitoramento e Segurança Veicular
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Logística Inteligente
Essa dupla Edge Computing e 5G não veio para desafiar a arquitetura dos grandes datacenters centrais. Seu maior objetivo é justamente expandir o conceito de datacenters em uma nova arquitetura distribuída e complementar.
Enquanto o Edge processa os dados missão crítica e refina as informações, os datacenters centrais e as infraestruturas de cloud seguem sendo o cérebro dessas operações, consolidando informações e realizando análises mais complexas.
Essa evolução que está acontecendo na borda traz mais velocidade e eficiência aos negócios e também resiliência e possibilidade de adaptação às necessidades específicas de cada um.
Sou Mauro Periquito, Engenheiro de Telecomunicações e Diretor Especialista de Prática na Kyndryl, onde desenvolvo e gerencio projetos de transformação digital para indústria, utilities, mineração, agronegócio e operadoras de telecomunicações. Em minha trajetória profissional, tenho como propósito traduzir as necessidades dos clientes em soluções customizadas.
Também atuo em outras frentes como mentor, palestrante, conselheiro consultivo e escrevo diariamente no LinkedIn sobre gestão de pessoas, carreira, inovação e tecnologia, com a missão de trazer uma visão descomplicada sobre a tecnologia. Fui eleito no final de 2022 como LinkedIn Top Voice de Tecnologia & Inovação.
Durante minha carreira, trabalhei em multinacionais no Brasil, países da América Latina, Espanha, Porto Rico, Emirados Árabes Unidos e Qatar. Em meu tempo livre, sou um grande entusiasta do ciclismo em seus diversos modos, incluindo o cicloturismo.
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