Como lidar com limites: desafiá-los ou respeitá-los?

Início de ano, e o Tech Talks – esta newsletter, segue em aquecimento. Em tempos de ChatGPT, aqui seguimos no modo raiz, criando os textos semanalmente e seguindo o ritmo!

Sem mais delongas, a minha reflexão de hoje é não tech e tem a ver com a prática de esportes. No meu caso, o ciclismo – prioritariamente o Mountain Bike, é aquele que ocupa boa parte do meu tempo de exercícios físicos.

Apesar de pedalar em algumas turmas de amigo e uma assessoria esportiva, o pedal que me dá mais alegria é quando saio com a minha pequena. Ela já a alguns anos pedala sem rodinha e agora vem se arriscando em percursos mais arrojados.

Para podermos passar mais tempo juntos no pedal, comprei uma “meia bike” que é conectada a minha e podemos pedalar juntos sempre com a segurança de que eu estou no comando. Veja que bacana a foto que tiramos no pedal comemorativo do dia do meu último aniversário:

Tenho tentado sempre que possível refletir com ela lições que temos o ciclismo nos traz e logo depois de cada pedal rola um debriefing. Algumas vezes breve e outras mais profundo.

Apesar de ser uma pequena com idade que ainda não enche as mãos, o assunto que temos conversado ultimamente relacionado ao pedal é como lidar com os limites: os desafiamos ou respeitamos?

E aí vem as situações… Sempre que estamos em uma descida longa, ela pede para que eu acelere mais e mais, pois gosta de sentir a adrenalina da velocidade e o vento bater no rosto. Expliquei para ela que esse tipo de limite é aquele que respeitamos, pois quanto mais desafiado, maior o risco de que algo dê errado.

Contei para ela que um dos meus principais objetivos em quando saio de casa para pedalar é voltar inteiro! Esse ano presenciei alguns acidentes feios nas trilhas de terra e por isso tenho estado bem atento. Uma freada a mais pode fazer toda a diferença. Curiosamente tenho amigos que colaram fotos dos filhos no quadro da bicicleta para sempre que forem extrapolar um limite perigoso, olhar aquelas fotos e dar uma segurada no ímpeto.

O outro lado da moeda é quando desafiamos o limite. Sempre brincamos que para ter uma descida tem que ter uma subida na maioria das vezes. É nas subidas que ela reclama… Que está cansado, perna doendo, quer empurrar… Enfim, uma coleção de desculpas para não se desafiar.

Nessas horas tenho explicado para ela que superar o limite e render aqueles 10% a mais é algo que podemos exercitar. Quando atingimos um marco no pedal depois daquele esforço caprichado, a sensação da conquista é ótima.

Não sei ao certo quanto ela absorve disso, mas acredito muito que o exemplo arrasta e todas essas conversas e situações adversas ajudarão a colher bons frutos no futuro.

E você, como lida com limites?

Sou Mauro Periquito, Engenheiro de Telecomunicações e Associate Partner na Kyndryl, onde desenvolvo e gerencio projetos de transformação digital para indústria, utilities, mineração, agronegócio e operadoras de telecomunicações. Em minha trajetória profissional tenho como propósito traduzir as necessidades dos clientes em soluções customizadas. 

Também atuo em outras frentes como mentor, palestrante, conselheiro consultivo e escrevo diariamente no LinkedIn sobre gestão de pessoas, carreira, inovação e tecnologia, com a missão de trazer uma visão descomplicada sobre a tecnologia.

Durante minha carreira trabalhei em multinacionais no Brasil, países da América Latina, Espanha, Porto Rico, Emirados Árabes Unidos e Qatar. Em meu tempo livre, sou um grande entusiasta do ciclismo em seus diversos modos, incluindo o cicloturismo.

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