Estamos na porta do terceiro mês do ano e para aqueles que tem seu ano fiscal sincronizado com o ano calendário. Já passamos pelas fases de planejamento estratégico da organização, a atualização do Plano Diretor de TI e agora é hora de colocar o time em campo e executar o que foi planejado.
Como nenhuma empresa para o seu negócio para planejar, a operação é contínua e no máximo a sazonalidade pode fazer com que o negócio tenha alguma variação na execução.
Nesse mix de estratégia, execução e operação se encontra o CIO e seu time de tecnologia. Não é novidade para ninguém que a área de tecnologia, quando ainda não terminou essa mudança, está se movendo para o centro do negócio, assumindo um papel de protagonista e deixando de ser uma área de suporte somente.
Estar no centro nos coloca embaixo de holofotes e somos constantemente questionados como gestores de tecnologia se estamos no caminho certo, com investimentos adequados e entregando o que o negócio precisa para atingir seus objetivos estratégicos.
Neste artigo, discutiremos sobre alguns indicadores que todo CIO, respeitadas as variações de cada negócio, deve medir para conseguir onde está e para onde deve caminhar a área de tecnologia. Vamos lá?
Estratégia versus operação: o eterno dilema
Como hábito, ao escolher um tema, e organizar meus pensamentos sobre o entendimento dele, gosto de ler o que outras pessoas estão falando. Cada vez mais tenho certeza de que a divergência é uma das grandes belezas da vida. Calma aí gente, não estou dizendo que cada um deve ter a sua opinião e defendê-la o tempo todo.
Para mim a divergência traz novas perspectivas sobre o mesmo assunto. Esta fala pode parecer “chover no molhado”, mas em tempos de tanta discordância entre pessoas e grupos, é importante reforçar aqui os aspectos positivos sobre a diversidade de conhecimento que gera diferentes opiniões.
Dito isso, a discussão interessante que encontro na internet é se o CIO deve monitorar somente indicadores estratégicos ou também deve atentar-se aos operacionais. Lendo os argumentos encontrei uma fala bem sintética e interessante que reproduzo aqui:
“Os CIOs são, em primeiro lugar, executivos de negócios e, em segundo lugar, pessoas de tecnologia.” (Myles Suer, Fonte: CIO 2019).
Tal frase pode gerar mais de uma interpretação. Alguns vão dizer que o CIO deve ter uma atuação estratégica o tempo todo e outros dirão que sim a atuação é estratégica, porém sem deixar de esquecer do lado tecnológico, aqui também representado pela palavra operacional.
Prefiro ficar com a segunda definição, afinal de coisas é o conjunto de pessoas, infraestrutura, sistemas e aplicações que por meio de soluções tecnológicas suportam a estratégia de uma organização.
Considerando este equilíbrio, vamos olhar alguns indicadores?
Apesar de existir uma infinidade de indicadores monitorados pela área de tecnologia — olá SLAs — este pequeno extrato deve servir como uma bússola de orientação do time:
1 – Satisfação do Cliente
2 – Resiliência das Soluções e Privacidade de Dados
3 – Turnover e da Equipe
4 – Engajamento do Staff de TI
5 – Gestão do Orçamento
6 – Cumprir os Objetivos do Negócio
7 – Retorno do Investimento
8 – Tempo de Resposta a Incidentes
9 – Capacidade de Inovar
10 – Gestão de Riscos
Esta lista não é exaustiva uma vez que existe uma infinidade de indicadores que podem ser medidos. Cada CIO e cada negócio devem encontrar quais melhores se adequam ao seu cenário. Em outros artigos irei discutir um pouco sobre alguns desses indicadores.
Na sua área de tecnologia, quais dificuldades tem encontrado para medir a performance?
Sou Mauro Periquito, Engenheiro de Telecomunicações e Diretor Especialista de Prática na Kyndryl, onde desenvolvo e gerencio projetos de transformação digital para indústria, utilities, mineração, agronegócio e operadoras de telecomunicações. Em minha trajetória profissional tenho como propósito traduzir as necessidades dos clientes em soluções customizadas.
Também atuo em outras frentes como mentor, palestrante, conselheiro consultivo e escrevo diariamente no LinkedIn sobre gestão de pessoas, carreira, inovação e tecnologia, com a missão de trazer uma visão descomplicada sobre a tecnologia. Fui eleito no final de 2022 como LinkedIn Top Voice de Tecnologia & Inovação.
Durante minha carreira trabalhei em multinacionais no Brasil, países da América Latina, Espanha, Porto Rico, Emirados Árabes Unidos e Qatar. Em meu tempo livre, sou um grande entusiasta do ciclismo em seus diversos modos, incluindo o cicloturismo.
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