3 pilares da Transformação Digital na Indústria.

US$ 1,7 bilhão: esse é o tamanho do mercado de Indústria 4.0 no Brasil em 2022. Com uma previsão de crescimento médio de 21%, esse mercado deve chegar até US$ 5,62 bilhões até 2028.

Esses dados são do estudo “Monitor da Indústria 4.0” da IMARC e mostram que esse mercado deve catalisar investimentos importantes de tecnologia, alavancando casos de uso que devem trazer eficiência operacional, novos modelos de negócio e segurança da informação.

Porém, o que está por trás desses casos de uso? Como devemos desenhar as arquiteturas tecnológicas de modo que elas viabilizem os casos de uso robustos e seguindo as melhores práticas.

Para isso trouxe aqui três pilares tecnológicos que devemos cuidar para construir infraestruturas robustas que suportem programas de Transformação Digital.

Vamos falar deles?

Conectividade

O 5G é a tecnologia da moda! E temos justificativas para isso. A quinta geração de redes celulares engloba uma tríade de características que a credenciam par uma ampla gama de casos de uso: mais velocidade, menos latência e mais dispositivos conectados simultaneamente.

Porém, dadas as características das diversas tecnologias de transmissão de dados, não existe uma solução de conectividade que atenda os diferentes requisitos das soluções.

Um exemplo disso, é buscando reparar uma injustiça que cometi no passado, é o RFID. O custo de colocar uma etiqueta passiva em algum produto de baixo valor agregado e acompanhá-lo desde a produção até a entrega no cliente é infinitamente menor que um modem 5G, assumindo a premissa que esse elemento de rastreamento será descartado após a entrega ser concluída.

Resumidamente, a questão de conectividade que eu trago aqui é entender qual solução irá ser a mais adequada para um caso de uso ou um grupo deles.

Ainda sobre RFID, disse injustiça porque em uma série recente de artigos sobre tecnologias sem fio acabei deixando essa para trás. Mas, em tempo, deixo aqui a promessa de escrever sobre essa tecnologia.

Deixo aqui essa série de artigos sobre tecnologias sem fio para consulta:

Integração IT/OT

Em termos da tecnologia adotada na indústria estamos vivendo o que eu gosto de apelidar como choque de gerações. A terceira revolução industrial trouxe a capacidade de computação com os processos de controle e automação para a indústria. Essa revolução foi putada por sistemas estanque de automação com silos fisicamente separados e espalhados pelas linhas de produção.

A indústria 4.0, o nome mais popular para a quarta revolução industrial, demanda a correlação de dados gerados entre por esses sistemas e por diversas soluções de IoT que surgem o tempo todo.

Para analisar esses dados, precisamos conectar todos e levar esse volume de informações até os engines de análise de dados, estejam eles on premises ou pensando um pouco mais longe em nuvem.

Essa exposição de sistemas que até outro dia eram fisicamente isolados exigem uma adoção de uma série de melhore práticas de arquitetura de redes para assegurar que a infraestrutura produtiva esteja protegida. Para ser breve é trazer experiências e soluções de redes de TI, que sempre estiveram expostas à internet, para a rede de OT.

Se quiser saber um pouco mais de Integração IT/OT, deixo aqui abaixo dois artigos sobre o tema:

Cibersegurança

A Transformação Digital na Indústria exige, como falamos acima, mais e mais sensores e atuadores em redes industriais. Esse exercito de dispositivos aumenta a superfície de contato dessas redes com o mundo externo

Falando ainda em cibersegurança, estratégias vencedoras não são baseados em projetos e sim em programas contínuos.

Portanto, itens como segurança perimetral, segmentação de rede, análise de perfil de tráfego de informações, atualizações de sistemas operacionais, detecção de programas maliciosos / dispositivos infectados ou controle de acesso à rede são temas muito relevantes que devem ser levados em conta.

Quais outros pontos você julga importante para implantar soluções de transformação digital na indústria?

Sou Mauro Periquito, Engenheiro de Telecomunicações e Diretor Especialista de Prática na Kyndryl, onde desenvolvo e gerencio projetos de transformação digital para indústria, utilities, mineração, agronegócio e operadoras de telecomunicações. Em minha trajetória profissional tenho como propósito traduzir as necessidades dos clientes em soluções customizadas.

Também atuo em outras frentes como mentor, palestrante, conselheiro consultivo e escrevo diariamente no LinkedIn sobre gestão de pessoas, carreira, inovação e tecnologia, com a missão de trazer uma visão descomplicada sobre a tecnologia. Fui eleito no final de 2022 como LinkedIn Top Voice de Tecnologia & Inovação.

Durante minha carreira trabalhei em multinacionais no Brasil, países da América Latina, Espanha, Porto Rico, Emirados Árabes Unidos e Qatar. Em meu tempo livre, sou um grande entusiasta do ciclismo em seus diversos modos, incluindo o cicloturismo.

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